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Krautli: “A pressão sobre os preços e margens é muito elevada nas baterias”

por Redação
16 Novembro, 2016

Na sequência do dossier de baterias publicado na edição de novembro da Revista PÓS-VENDA (leia a edição neste link), publicamos as respostas de todas as empresas. Para ler todas as respostas clique neste link.

Pela Krautli Portugal as respostas são de Carlos Silva, director de vendas e marketing.

 

– Que análise faz do atual estado do mercado das baterias em Portugal?
Temos um mercado maduro na gama convencional e é um produto que gera volumes de faturação muito interessantes. Isso implica uma competitividade muito grande entre as muitas empresas/marcas a operar no mercado, nomeadamente as marcas próprias que são uma fatia muito importante do volume total. A pressão sobre os preços e margens é muito elevada, no entanto, devido às suas características este produto torna-se muito sensível ao nível das garantias e a qualidade não pode ser descurada. É um produto perecível onde as condições e tempo de stock são um fator determinante para evitar a subida do índice de garantias. Por isso, é imperioso ter know-how neste produto, de maneira a garantir a sua rentabilidade. Com a evolução elétrica/eletrónica nos automóveis a bateria está a tornar-se “responsável” por um funcionamento eficiente e seguro do automóvel, logo, a qualidade e formação vai cada vez mais ser procurada na altura de escolha do fornecedor/marca de baterias e, nesse aspeto, estamos preparados como poucos para as assegurar.

– Qual o peso que as baterias para veículos com start&stop já tem no nosso mercado e na vossa empresa?
Cerca de 3% mas com um crescimento considerável

– Quais os desafios hoje para uma bateria devido à maior exigência de energia dos automóveis?
Uma bateria é como um mealheiro, se só retirarmos e não colocarmos nada, obviamente ficará vazia rapidamente. Presentemente a necessidade de alimentação elétrica num automóvel é cada vez maior: imagine todos os componentes elétricos e eletrónicos presentes num automóvel atual que necessitam de energia elétrica para o seu funcionamento. Todos estes componentes necessitam de uma fonte de energia fiável e uma bateria de fraca qualidade ou em más condições pode causar avarias e mau funcionamento desde componentes cuja reparação ou substituição é bastante cara. Um automóvel atual tem em média 5 kg de cabos no seu sistema eléctrico. Se pensarmos numa auto-caravana ou num camião temos um número elevadíssimo de componentes que consomem energia elétrica. Hoje é um standard ter duas ou mais baterias a alimentar inversores que fornecem até 4.000 watts. Toda esta evolução torna-se um desafio para os fabricantes de baterias e apenas alguns têm capacidade de cumprir com as modernas exigências de energia na mobilidade.

– As baterias para carros híbridos e elétricos vão trazer novidades importantes? Quais as diferenças nessas baterias? Que novidades vamos ver nas baterias nos próximos anos?
São tecnologias em pleno desenvolvimento e ainda cativas aos fabricantes dos automóveis. Os veículos híbridos têm duas baterias: uma principal – de tração e uma bateria auxiliar (de tecnologia AGM – a mesma tecnologia de baterias para sistemas Start-Stop), para todo o sistema elétrico de 12v no veículo. Enquanto as baterias de tração são exclusivamente mantidas pelos fabricantes automóveis, a bateria auxiliar vai ser cada vez mais comum e mais solicitada no mercado aftermarket, mas, tanto em veículos híbridos (baterias auxiliares) como em carros tradicionais (baterias de arranque), vão cada vez mais ser empregues as tecnologias AGM e EFB.

 

Uma bateria é como um mealheiro,
se só retirarmos e não colocarmos nada,
obviamente ficará vazia rapidamente.

 

– Quais os desafios e problemas que o inverno traz para as baterias?
O Inverno revela os estragos que o calor faz às baterias, depois do verão onde temperaturas acima de 30º fazem aumentar a descarga interna – por exemplo, uma bateria nova completamente carregada se ficar aproximadamente 24 horas (em acumulado) exposta a 40º por um período de 30 dias sem carga muito provavelmente não arranca o motor. O Inverno faz com que, quando as necessidades elétricas aumentam (iluminação, sistemas de limpa-vidros, aquecimento, etc), a bateria descarregue totalmente. Além disso, em temperaturas frias o electrólito em carga não produz a mesma quantidade de energia como no Verão.

– Quais os principais erros cometidos pelas oficinas no que diz respeito às baterias e como poderiam ter mais rentabilidade com elas?
O problema baseia-se sempre no desconhecimento, a não aplicação da bateria adequada (maioritariamente por questões económicas) e não ter os procedimentos corretos na sua substituição, seguindo as indicações do fabricante. Também não existe o hábito de verificar e carregar a bateria, que sugerimos que seja efetuado durante uma manutenção do veiculo, o que permitirá, certamente, uma maior duração da bateria e menor probabilidade de avaria.

 

– Quais as marcas de baterias que a vossa empresa comercializa?
Yuasa, Synkra e Optima.

 

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Mais informações em www.krautli.pt

 

 

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