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“Não se avizinham tempos fáceis para as Oficinas Independentes”, Nuno Paquete, Bombóleo

9 Fevereiro, 2017

Nuno Paquete, diretor comercial para centro, sul e ilhas da Bombóleo,revela que 2016 foi o ano do aftermarket para a empresa, dizendo não se avizinham dias fáceis para as oficinas independentes que não estejam de mãos dadas com uma marca de primeiro equipamento.

Qual o balanço que faz da actividade da sua empresa em 2016 e quais foram os factos mais marcantes?
O grupo conta com mais de 56 anos de existência pelo que diria que está actualmente consolidado no mercado Português. Trabalhamos todos os dias para que sejamos reconhecidos como verdadeiros parceiros de negócio. O negócio da Injeção Diesel e os Turbocompressores são o ADN do Grupo Bombóleo, contudo um dos factores mais marcante este ano, foi o crescimento do negócio na área das Peças & Acessórios Aftermarket, onde temos vindo a introduzir novas gamas de produto e serviços ano após ano, em estreita colaboração com os nossos principais fornecedores, e que se tem revelado um sucesso e uma aposta ganha. Outro grande marco em 2016 foi a aquisição de um novo armazém logístico na zona industrial do Porto. A Bombóleo deve muito aos princípios orientadores do seu fundador, entre os quais está o conceito que escolheu para resumir meio século de actividade: Disponibilidade.

Que análise faz do mercado de peças?
A globalização do mercado das peças não conhece hoje fronteiras, a encomenda de uma peça auto, poderá estar ao alcance de um simples clique. Num mercado que há anos tem vindo a deteriorar margens de comercialização, fazem com que a baixa de rentabilidade associada ao aumento dos custos logísticos em nada ajudam as empresas do sector. Entendemos que estes custos deveriam ser transversais a toda a cadeia de distribuição, até ao consumidor final.

Os designados “portes” (custos logísticos de entrega) são usados por muitos operadores como vantagem comercial para a conquista dos clientes esmagando ainda mais as margens de comercialização que atingiram mínimos históricos nos últimos Anos. Esta suposta vantagem comercial na nossa opinião não faz qualquer sentido pois as empresas do nosso sector deveriam adicionar valor ao cliente em áreas como a da formação profissional onde neste mercado cada vez mais tecnológico faz de facto a diferença. Este é um dos desígnios do Grupo à vários Anos.

Quais as perspetivas para 2017 e futuro, e que factos poderão vir a marcar o setor das peças?
O futuro será feito de trabalho e dedicação por todos aqueles que fazem parte do grupo. As nossas perspetivas para 2017 continuam muito otimistas. O Grupo mantém a sua política de expansão de gamas e na angariação / conquista de novos clientes. Grandes investimentos no novo armazém do Porto e da melhoria das condições logísticas do armazém de Lisboa por forma a melhorar a nossa capacidade de resposta ao cliente, são outro grande desafio. O constante upgrade da nossa plataforma online, nas mais diversas funcionalidades irão ajudar a promover e captar mais negócio. O que ainda hoje não está claro para nós é a questão da Telemática, quando e como irá o negócio do Aftermarket ter acesso às viaturas e aos condutores? O novo mundo do veículo 100% elétrico? Este será o futuro da reparação automóvel e não se avizinham tempos fáceis para as Oficinas Independentes que não estejam de mãos dadas com uma marca de primeiro equipamento. Estes desafios são de todos e o Grupo Bombóleo tudo fará o que estiver ao alcance para que os nossos parceiros de negócio estejam atualizados a nível de todas as tecnologias.

 

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