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O futuro do diesel

19 Setembro, 2017

Os motores a diesel tornaram-se num bode expiatório no debate sobre as mudanças climáticas. Volker Schittenhelm exorta todos a analisar os factos sobre as emissões e tecnologia.

A FIRM (International Association of Engine Remanufacturers and Rebuilders) tem acompanhado com interesse as recentes discussões nos meios de comunicação e no meio político sobre os motores a diesel – o perigo de ter proibições de carros específicos nas grandes cidades, bem como as possíveis consequências para o nosso negócio de motores recondicionados. É óbvio que a indústria automobilística, incluindo o Grupo VW com o uso de software de emissões fraudulento é a verdadeira causa desta discussão – e o motor de combustão a diesel acaba por ser um bode expiatório. Sentimos que a discussão está a ser feita de forma emocional – então, voltemos aos factos!

Os factos

A FIRM assinala um documento de um grupo de professores universitários alemães, austríacos e suíços, que trabalham como Diretores de institutos ou que estão ligados ao meio académico automóvel. O grupo é o WKM, a Academic Society for Automotive Engineering e Engine Technology (www.wkm-ev.de) e fez três declarações baseadas em descobertas e conhecimentos científicos:

1. O motor de combustão era – e ainda é – o motor de mobilidade, transporte de mercadorias e máquinas de trabalho. Esta posição será alterada por unidades elétricas, mas não substituída. O desenvolvimento de sistemas de transmissão de tecnologia aberta é um pré-requisito para uma política climática bem-sucedida numa sociedade próspera. A proibição tem o efeito contrário.

2. Devido ao pequeno impacto dos motores de combustão, a questão da emissão não será um argumento contra o motor diesel ou gasolina no futuro. O nível de tecnologia já garantiu o cumprimento dos limites de valores de emissões, sem exceção. Com base em pesquisas intensivas em engenharia, já existem unidades de combustão de emissões neutras.

3. A vantagem do motor de combustão reside no uso eficiente e flexível de combustíveis com alta densidade de energia e excelentes oportunidades de armazenamento e distribuição. Com esta propriedade fundamental, o motor de combustão reinventou-se constantemente e permite – após a avaliação do sistema geral – menores emissões de CO2 do que as tecnologias alternativas. O potencial para usar também combustíveis não fósseis (e, portanto, neutros em CO2) de forma flexível é um garante adicional para uma tecnologia sustentável e a longo prazo no futuro.

Apoio

A FIRM aopia totalmente as declarações do WKM, nas quais – entre outras – as manipulações técnicas são condenadas e a introdução da regulação de emissões de unidade real (RDE) é defendida. Oferecer um bónus ambiental aos consumidores para comprar um carro novo equipado com motores diesel ou mudar para um motor movido a gás é o pior cenário em termos ambientais:

1. Estes carros “maus” serão vendidos fora da Europa, pelo que o problema não será resolvido globalmente, mas transferido para outras regiões do mundo.

2. A entrada de energia – e com isso a saída de CO2 – durante a produção de carros é 100 vezes maior do que as emissões “poupadas” pelas tecnologias de motores mais recentes.

Conclusão

Especialistas académicos e científicos prevêem que o motor de combustão ainda possui muito potencial de desenvolvimento para reduzir as emissões. Portanto, não há muita expectativa em eletromobilidade para carros particulares e transportes públicos.

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