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O futuro das oficinas independentes está em aberto

28 Outubro, 2017

No segundo dia da Convenção da Anecra, que terminou hoje na FIL (Junqueira) em Lisboa, foram abordados muitos temas relativos ao futuro do negócio, ficando evidente que existem poucas certezas e muitas indefinições sobre o negócio das oficinas independentes.

O futuro das oficinas nunca foi tão debatido como nesta edição da Convenção da Anecra. Os enormes desafios que as oficinas vão enfrentar no futuro são enormes a todos os níveis e isso ficou bem evidente nas muitas declarações dos diversos intervenientes nos painéis deste evento.

Os híbridos e elétricos vão ser cada vez mais uma realidade no mercado, e isso vai exigir que muitas das oficinas independentes terão que recorrer a formação, para poderem dar respostas a esses carros, num contexto em que esses automóveis terão menos manutenção, mas mais tecnológica.

O Grupo PSA até 2023 terá 80% da sua gama com algum tipo de propulsão elétrica ou totalmente elétrica, o que quer dizer que até 2027 /2028 muitos desses carros chegarão às oficinas independentes.

A tecnologia embarcada nos carros, por exemplo, ao nível dos sistemas ADAS (cruise control, radares, câmaras, etc) obrigará a que as oficinas recorram a mais tecnologia.

Um dos assuntos que também está na ordem do dia, é o futuro do sistema OBD. Existe quem defenda que o mesmo deixará de existir nos automóveis, o que levará a novos protocolos de comunicação. Quer isto dizer, que os atuais equipamentos de diagnóstico poderão ficar obsoletos a médio prazo.

Ficou também evidente que os mecânicos terão que ser cada vez mais profissionais ao nível da informática, pois o acesso à informação se fará cada vez mais através de plataformas online, vindas dos fornecedores, dos clientes ou dos carros dos clientes.

A informação técnica de nível 1 e nível 2 (até aos carros Euro V), disponibilizada pelas marcas, vai também criar novos problemas às oficinas no acesso á informação e também pelos custos dessa informação.

Numa altura de mudança tecnológica, existirá também um contexto de mudança ao nível dos clientes, também ele cada vez mais contectado, acedendo a serviços por via digital em vez do tradicional uso do telefone ou presencial.

No fundo o desenvolvimento tecnológico vai trazer novos processos e esses são desafios que têm de ser respondidos pelas oficinas no futuro.

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