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“Mais de metade das oficinas compram um 5w30 e acham que serve para todos os veículos”

A Motul tem vindo a fazer um excelente trabalho em Portugal, apostando muito na formação e na informação. Hugo Brito, Area Manager para Portugal da Motul Iberica, SA, diz que o principal problema do setor é a falta de informação da oficina relativamente aos lubrificantes.

Breve análise ao mercado de lubrificantes em Portugal?
O mercado continua com a tendência dos últimos anos, tem vindo a baixar bastante em termos de toneladas devido ao menor numero de quilómetros percorridos e ao maior intervalo entre manutenções. No entanto este quebra tem sido compensada em parte com um melhor mix de venda ou seja o aumento da procura de produtos 100% sintéticos.

Qual a maior dificuldade que o setor dos lubrificantes enfrenta em Portugal?
A maior dificuldade vista da prespectiva das marcas de qualidade é a falta de informação da oficina que não tem formação ou apenas quer comprar o produto o mais barato possível e vender com a maior margem ou então de maneira ser a mais barata para competir por preço. Diria que mais de metade das oficinas compram um 5w30 e acham que serve para todos os veiculos ou utilizam-no na mesma sabendo que não se pode aplicar em todos os veiculos. Os lubrificantes são cada vez mais uma peça especifica e a maioria dos mecânicos ainda não lhe dá a importancia devida. Também a parte das homologações ou seja um produto tem que estar homologado pelos fabricantes para que esteja garantida a sua qualidade e muitos fabricantes dizem que os produtos “servem” para estes determinados veiculos mas não os têm homologados, este pequeno pormenor faz uma grande diferença, pois com o produto homologado a formula tem de ser a correcta não se pode fugir à qualidade.

Que oportunidades existem para a comercialização de lubrificantes nas oficinas?
A oportunidades do ponto de vista da oficina para o mercado, apesar do envelhecimento do parque o preço medio da operação tende a subir devido aos produtos mais especificos, no entanto como operação de grande rotação vai haver sempre muita concorrencia e consequente pressão no preço.

Em que sentido têm ido os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos ao nível dos lubrificantes?
Economia de combustivel, as viscosidade vão passer a ser mais baixas e o lubrificante tem de fazer o seu papel na redução das emissões.




 

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