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A evolução e o futuro dos sistemas de travagem

13 Maio, 2016

Qual será o futuro da travagem automóvel? Esta é uma questão que duas entidades responderam de forma muito concreta num artigo de opinião que aqui publicamos, da responsabilidade de Raquel Rodrigues, Marketing Coordinator da Ferdinand Bilstein Portugal.

Parece essencial começar por abordar o sistema de travagem no âmbito da segurança ativa dado que este é um dos mais importantes sistemas incorporados no veículo porque é o sistema que evita acidentes.

Porém, as mais recentes evoluções no setor automóvel poderão vislumbrar a possibilidade deste sistema necessitar cada vez menos da ação humana. Os últimos dados divulgados pela Society of Motor Manufacturers and Traders (SMMT) e pela JATO Dynamics 1, revelam que mais de metade dos carros novos registados em 2015 têm sistemas de reforço de segurança, como por exemplo sistemas de alerta de colisão, cruise control adaptativo, travagem de emergência autónoma e monitoramento do ponto cego. Ou seja, os avanços tecnológicos a diferentes níveis têm vindo a permitir reforçar os sistemas de segurança nos veículos, mas não é claro que com isso o sistema de travagem como o conhecemos vá desaparecer. A tecnologia dos veículos (semi)autónomos para além de facilitar a tarefa da condução, têm outro e até mais importante papel: reduzir significativamente o risco de acidentes, sendo essa já uma realidade nos carros que são vendidos hoje em dia.

Vejamos por exemplo a travagem de emergência autónoma, que automaticamente ativa o sistema de travagem caso o motorista não reaja à presença de um determinado objeto a uma determinada distância. 18% dos consumidores em Inglaterra que adquiriram um veículo automóvel novo tinham já esta tecnologia de segurança incorporada como padrão. A grande inovação advém da tecnologia e incorporação de novos sistemas que geram e comunicam informação ao sistema de travagem, que ainda tem os mais comuns componentes de travagem.

Tudo neste momento é conjeturável. Será que vai haver menos desgaste dos chamados componentes de travagem de desgaste, devido à existência de vários sistemas em funcionamento que contribuem para uma condução mais preventiva e equilibrada? Será que os atuais componentes de desgaste do sistema de travagem vão ser substituídos por outros? Efetivamente a travagem, ou seja, a imobilização de um veículo está relacionada com leis da física e parar um objeto anulando essas leis, para já não parece ser possível. Assim, as oportunidades no negócio da travagem, parece que irão permanecer. Toda esta conjuntura dos veículos comunicantes, ou veículos (semi)autónomos poderá eventualmente constituir uma ameaça se começarem a existir menos veículos em circulação devido ao pullcar, sistemas de boleias e outras iniciativas semelhantes que com certeza proliferarão, devido à comunicação veículo para device (V2D) permitindo que um mesmo veículo seja utilizado por diferentes pessoas, retirando das estradas algum do tráfego atual. Mas o tempo o dirá…

Mas importa também olhar para outros dados como por exemplo os do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT).

No que diz respeito aos veículos pesados de mercadorias e de passageiros, de acordo com o Relatório do IMT de 2014, os Principais Tipos de Deficiência detetados nas inspeções, são na travagem aparecendo esta logo em 2ª lugar, já no que diz respeito a reprovações em veículos pesados de passageiros, a travagem está em primeiro lugar. Esta pode ser uma oportunidade de negócio, por isso o desenvolvimento da marca febi na divisão de pesados.

Como estamos a abordar a travagem sob uma perspetiva da segurança contatámos a Autoridade Nacional Segurança Rodoviária (ANSR) por ser a entidade que maior informação reúne sobre a sinistralidade. Inclusivamente a entidade tem já um artigo de opinião sobre a importância dos avanços no desenvolvimento do sistema de travagem, que têm vindo a permitir diminuir a sinistralidade e aumentar a segurança nas estradas.

De acordo com Diogo Júdice, Técnico Superior da Autoridade Nacional Segurança Rodoviária (ANSR) no artigo de opinião de 2014, refere que é de salientar o sistema de travagem antibloqueio (ABS), “…que se tornou num dispositivo obrigatório em comercialização para todos os carros da União Europeia. Este dispositivo lançado em 1978 para a indústria automóvel é de grande utilidade, por evitar que as rodas bloqueiem quando o pedal do travão é acionado com força, evitando a entrada em derrapagem, e deixando o automóvel com aderência à estrada.”

Se por um lado o ABS permite um controlo mais eficaz na direção do veículo em situações de travagem bruscas e com o piso molhado por exemplo, nem sempre este sistema evita o acidente, sendo que o sistema de controlo da estabilidade (ESP) é um sistema complementar ao ABS que corrige a trajetória e a derrapagem do veículo em curva otimizando a estabilidade dinâmica do mesmo sendo o seu princípio de funcionamento baseado em sensores que medem as acelerações angulares e a posição do volante. Diogo Júdice, Técnico Superior da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, para além desta explicação, refere que na ótica da segurança ativa, se existe sistema que importa destacar, sem dúvida nenhuma que o ESP é esse sistema.

Será então, a atuação conjunta entre diferentes sistemas que se complementam entre si que permitem uma maior segurança e dessa forma reduzir a sinistralidade. De acordo com Diogo Júdice refere que sendo verdade que os sistemas de travagem “…têm vindo a evoluir de forma exponencial, e exemplo dessa evolução encontramos nos sistemas de travagem complementares, tais como o BAS (assistência à travagem), mas também no EBD (distribuição da força de travagem) e ainda no EBS (sistema de travagem elétrico). Também os sistemas de controlo de tração têm vindo a evoluir, operando em sintonia com o ABS e os outros sistemas de travagem complementares.”

Mais informações em www.blue-print.com/PT/corporate/

 

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