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Arnott: Cores antigos de suspensões pneumáticas valem dinheiro

Este é um negócio adicional para as oficinas, que podem vender os cores antigos de suspensões pneumáticas, para que a Arnott tenha matéria‐prima para a reparação e restauro, voltando a colocá‐los no mercado de forma ecológica e por preços mais competitivos, com garantia de qualidade.

{ TEXTO CLÁUDIO DELICADO }

A Arnott Europe, especialista em suspensões pneumáticas novas e restauradas, está a apostar num programa de compra de cores (núcleos) usados, disponível também em Portugal. “Apenas compramos suspensões pneumáticas, por isso não restauramos molas pneumáticas, nem compressores pneumáticos. Não importa se as suspensões já não funcionam, o nosso único requisito é que não estejam dobradas, queimadas ou partidas”, explica Yvette Koehorst, da Arnott Europe, à Revista PÓS‐VENDA.

“A Arnott iniciou o programa porque, ao restaurar peças de suspensões pneumáticas, pode evitar que estas sobrecarreguem os nossos aterros, ao mesmo tempo que oferece produtos restaurados da mais elevada qualidade com poupanças substanciais”, explica a marca. Mas para o fazer “é preciso ter o conhecimento, a capacidade e a competência para restaurar com sucesso núcleos antigos mantendo, simultaneamente, produtos de alta qualidade. Como exemplo, vemos produtos em que remendos de pneus de bicicletas são utilizados para “reparar” uma suspensão pneumática. Obviamente esse não é o nosso caminho.” O que acontece com os núcleos depende do estado deles. A Arnott restaura os cores “utilizando apenas materiais da mais elevada qualidade e utilizamo‐los para a nossa linha de produtos restaurados, que têm a mesma garantia de vida útil limitada da nossa linha de produtos novos”. Se não for possível o restauro completo, a empresa utiliza as peças que ainda possam ser reutilizadas e elimina os outros componentes separadamente e de forma ecológica, por forma a limitar prejuízos ambientais.

 

USAR2

No que diz respeito à venda dos cores, “qual quer pessoa pode vender‐nos núcleos antigos. É muito comum que as oficinas e distribuidores não estejam cientes de que as suas suspensões antigas podem ter valor. Limitam‐se a atirá‐las para o lixo quando podiam ganhar algum dinheiro com isso. A responsabilidade é dos distribuidores, oficinas e da Arnott. As oficinas deverão contactar os nossos distribuidores e deixá‐los assumir o nosso processo de compra”, explica Yvette Koehorst. Inclusive, uma oficina “pode vender um core à Arnott sem comprar um produto em troca”. A Arnott compra núcleos de outras marcas, sendo a única exceção suspensões fabricadas na China por razões de qualidade, explica a porta‐voz da Arnott.

Para esta atividade é muito importante a logística inversa, que coloca os cores antigos novamente no fabricante. Esse custo está negociado com os distribuidores. Esta logística “é muito importante para a linha de produtos restaurados. Sem núcleos antigos suficientes para restaurar é difícil manter uma entrega rápida e a linha de produtos pode, eventualmente, não responder à procura. No entanto, também temos produtos novos, não restaurados para muitos tipos de veículos”, explica Yvette Koehorst, que continua: “De forma a restaurar, tem de haver algo para restaurar. Porém, não restauramos apenas mas também concebemos, produzimos e montamos molas pneumáticas, suspensões pneumáticas novas, kits de conversão de bobina e compressores pneumáticos que não dependem do restauro de núcleos antigos.” Os cores antigos são reunidos na sede europeia da empresa na Holanda e depois são enviados para os Estados Unidos, onde decorre o processo de restauro. “Os núcleos são desmontados e os pontos de falha comuns e fraquezas são reforçados. Os amortecedores são verificados e reabastecidos, se necessário, as peças de desgaste são substituídas e quaisquer danos exteriores são reparados.

USAR3Por fim, as suspensões são testadas e, se passarem as nossas restritas verificações de qualidade, são novamente enviadas para a Holanda para serem depois vendidos para os vários países”, explica. Entre todos os cores recolhidos, entre 70 a 80% dão origem a produtos restaurados que voltam a entrar no mercado. Em relação ao negócio, “se a oficina comprar uma suspensão restaurada, ser‐lhe‐á cobrada uma tara pelo núcleo. Depois de termos recebido a suspensão antiga, a tara do núcleo é reembolsada. Se comprar uma nova suspensão ou se apenas quiser vender uma suspensão, a soma da compra é transferida logo que a suspensão tenha chegado e tenha sido processada”, explica Yvette Koehorst. Atualmente, a taxa de devolução de tara dos núcleos ronda os 80 a 90%.

Em relação a preços, este varia consoante os modelos de automóveis de cada core, mas o valor máximo é de 450 euros por unidade, quando há muita procura.

DISTRIBUIDORES

A Pro4matic, empresa do distrito de Coimbra especialista em suspensões pneumáticas, foi o primeiro distribuidor a trazer a Arnott para Portugal, dando‐lhe muita visibilidade neste segmento. Mais tarde, a marca começou também a ser trabalhada pela Merpeças e pela Soarauto. Este programa de compra de cores usados está disponível em qualquer um dos três distribuidores da marca em Portugal, ficando eles encarregues de tratar de todo o processo.

CONTACTOS

ARNOTT EUROPE
Yvette Koehorst
www.arnotteurope.com

 

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