Aumentar a produtividade através da otimização de todo o processo de preparação e pintura de um automóvel, foi aquilo que se conseguiu obter com um projeto que a Cetrus designou por “Cetrus 2000”.
{ TEXTO PAULO HOMEM }
Nos últimos dois anos a Cetrus desenvolveu um novo figurino daquilo que era o seu entendimento e experiência do que seria o futuro de uma oficina de reparação, ao nível da chapa e pintura, em escala. “Existe sempre a necessidade de reduzir o espaço oficinal, para diminuir o custo por m2, até porque o imobiliário, nesta área, pressiona muitos os custos da produção para quem investe neste negócio”, começa por referir Rogério Costa, da Cetrus.
Tal situação leva não só a uma retração do investimento, como por vezes a investimentos mal feitos na readaptação de determinadas unidades, muitas vezes tentando aproveitar máquinas existentes noutras unidades. A Cetrus, com o conceito “Cetrus 2000”, inverteu totalmente a lógica e o processo associado à pintura, depois de um estudo aprofundado junto dos diferentes operadores que fazem parte do mesmo.
Não podendo mexer nos produtos (também as tintas têm seguido o caminho da redução dos tempos de operação) nem na capacidade instalada das máquinas, a aposta foi no processo, isto é, na “divisão das operações de pintura e na aposta em outros tipos de equipamentos (em alguns casos mais baratos) aumentando a rotação com um fluxo de operação mais saudável”, assegura Rogério Costa.
CABINES DE PINTURA
Na longa parceria que detém com a Nova Verta, a Cetrus desenvolveu com este fabricante uma cabine com entrada e saída (evitando que o carro tenha que sair pela mesma porta, sempre no mesmo sentido), com tempos de subida de temperatura muito rápidos, com temperatura estável e caudais estáveis. O objetivo era também manter ou mesmo diminuir os consumos de amperagem (caudal de 24 a 26 m2 com um único motor). Outra particularidade é que a cabine tivesse iluminação integral em LED.
Em termos operacionais as portas deveriam ter uma abertura com bons ângulos de viragem, reduzindo‐se as distâncias de entrada e saída. Com queimadores Premix ou painéis endotérmicos (não necessitam de caldeiras nem de chaminés) com forte redução nos consumos (utilizam gás), permitem passar dos 15 para os 60 graus em pouco mais de 3 minutos.
ÁREAS DE PREPARAÇÃO
Reduzir o tempo que um carro está dentro de uma área de preparação foi o principal objetivo desta nova visão da Cetrus para o processo de pintura. Desenvolveu assim o conceito de zonas “grelhadas” para desbaste e aplicação de betumes. Esta é a primeira operação de pintura do carro, em que as partículas e pó não são um problema maior. Para tal basta ter uma boa extração nas grelhas e as lixadeiras terem um bom sistema de vácuo. Desta forma baixa‐se bastante os custos, tornando‐se uma zona mais rentável face ao processo tradicional.
Desenvolvido para unidades maiores, o conceito Cetrus 2000 vai também agora ser aplicado a oficinas de pintura médias e pequenas. Quando se passa à fase seguinte para dar o aparelho (em zonas fechadas com um controlo apurado do pó, com fluxo de ar vertical e ponte para os infra vermelhos) vai reduzir‐se o número de plenos (zonas de preparação), com a consequente redução de custos (menos ocupação por m2) e com um maior fluxo de carros.
Depois de sair do pleno, já lixado e com o aparelho aplicado, o carro não é mascarado na zona de preparação, dando lugar a outro, mas vai colocar‐se na entrada da cabina numa zona específica de “mascaragem” (com tudo o que é necessário para essa função) onde um profissional se dedica em exclusivo a esta operação. “Para se ter fluxo com baixos custos esta é, neste momento, a forma mais correta de trabalhar, conseguindo‐se reduzir os custos de operação”, admite Rogério Costa, realçando que “inerente a este processo de pintura está o processo industrial, em que o objetivo é ter uma continuidade de operações sequenciais, em que o carro entra por um lado e sai por outro”.
RESULTADOS EVIDENTES
Inicialmente desenvolvido para unidades de maior dimensão, o conceito Cetrus 2000, que esta empresa tem vindo a desenvolver, vai também agora ser aplicado a oficinas de pintura de média e até de pequena dimensão. “Sabemos que é um sistema que não dá para montar em todas as oficinas, mas o meu conselho a quem quer investir é que se informe primeiro junto de especialistas como a Cetrus”, refere Rogério Costa, Project Developer da empresa.
Segundo este responsável é perfeitamente possível que o conceito “Cetrus 2000” se possa aplicar a oficinas com duas zonas de grelhagem, um pleno, lixagem e uma cabina. Desta forma, “uma oficina pode aumentar o seu fluxo quase para mais duas obras por dia. Quer isso dizer que a rentabilidade no final de um ano é enorme”, assegura Rogério Costa. Para os clientes e potenciais clientes da Cetrus, todos os custos e ganhos estão quantificados, pois “a nossa mais‐valia é que podemos também adaptar qualquer oficina de pintura a este conceito desde que as instalações o permitam e, obviamente, dentro de determinados pressupostos”, conclui este responsável.
“MINI BANCO” É O PRÓXIMO PASSO
Um dos investimentos que a Cetrus vai fazer é no domínio da reparação de chassis. Aliás, a empresa já dispõe de um equipamento que é um “mini banco” de carroçarias que gera, segundo Rogério Costa, uma muito maior rentabilidade na oficina.
Diz este responsável que os tradicionais bancos de carroçaria estão obsoletos até porque “os grandes danos já não são reparados pelas oficinas, pois não são rentáveis nem para a oficina nem para a seguradora”.
Dessa forma, a Cetrus disponibiliza o “mini banco” (que recorre a um sistema de diagnóstico que comprova a qualidade da reparação) que pode ser utilizado como elevador de desmontagem, serve para fazer esticamentos para reparação e, por último, serve de auxílio à montagem.
Outra funcionalidade é que quando não é utilizado, o mesmo recolhe ao nível do chão, não ocupando espaço como se fosse um elevador de tesoura.
CONTACTOS
CETRUS
Project Developer: Rogério Costa
265 529 420
cetrus.setubal@cetrus.pt
www.cetrus.pt
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