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Concessionários continuam em falência técnica, conclui a ARAN

13 Janeiro, 2016

De acordo com os dados de uma consultora especializada no setor, a que a ARAN recorreu, 60% dos concessionários de automóveis em Portugal têm problemas financeiros e 12% estão, mesmo, em falência técnica.

Desso modo, a conclusão da ARAN que o volume de vendas de 2008 – mais 15% que é o valor que estima a associação ser vendido diretamente pelos importadores a grandes contas, como as rent-a-car – é o limiar mínimo para o funcionamento regular destas empresas.

Este cenário tem, sem surpresa, reflexos tão ou mais gravosos no pós-venda. Neste cenário, a ARAN apela ao sentido patriótico dos responsáveis políticos nacionais para que promovam medidas de relançamento da economia portuguesa,
a bem de Portugal, da sua economia e, em particular, do setor automóvel, que emprega dezenas de milhares de pessoas no nosso país.

Crescimento das vendas automóveis “travou a fundo” no último trimestre

A ARAN alerta que o crescimento das vendas de ligeiros de passageiros passou de uma subida na ordem dos 30% nos primeiros nove meses de 2015 para cerca de 10% no último trimestre. Ou seja, o crescimento das vendas de automóveis em 2015 sofreu um claro abrandamento de outubro a dezembro. Mais, no caso dos veículos comerciais, houve estagnação (+0,1%), ficando o total de ligeiros com uma subida em cerca de 7%, alerta a ARAN no seu comunicado.

Importa, por isso, avisar, segundo a ARAN, que os destaques e manchetes da comunicação social sobre as vendas de automóveis podem induzir os cidadãos em erro. De facto, o crescimento de 24% do total do ano pode propiciar uma imagem errada de que o setor automóvel voltou aos melhores dias.

O setor vinha a recuperar ao longo de 2015, ainda que não da forma que se esperava, pois muitas destas vendas não passam pelo retalho, sendo feitas de forma direta a grandes frotistas, mas no final do ano “travaram a fundo”. Pior, o total das vendas do ano que passou está, ainda assim, 22% abaixo do volume de 2008, que consideramos ser o mínimo aceitável para a sobrevivência dos concessionários, revela a ARAN na sua comunicação.

Mais informações em www.aran.pt

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