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Diamantino Sousa, da DDS AUTO: “Há a tentativa de eliminar o grossista e de eliminar o retalhista”

Diamantino Sousa – Diretor financeiro, da DDS AUTO, empresa que tem crescido na oferta de produtos que disponibiliza aos seus clientes, revela algumas particularidades do setor grossista de peças e analisa as tendências deste mercado.

Como é caracteriza o setor grossista de peças auto em Portugal?

O negócio grossista aftermarket é extremamente competitivo. Apesar de sermos uma empresa “jovem”, verificamos que nos últimos anos este negócio tem apresentado muitas alterações. Não deixou de ser um negócio interessante, mas requer muita atenção e dedicação.

A cadeia (fabricante, grossista, retalhista e oficina) continua a fazer sentido no negócio de peças atualmente?

Pensamos que esta cadeia ainda faz sentido. No passado recente verificamos algumas tentativas de eliminar um elo à cadeia. A primeira versão destas tentativas resultou, na queda de um grande distribuidor, e outros que estavam a começar a seguir os passos, tiveram que abandonar a ideia ou alterar o modelo. Agora estamos noutra versão, um pouco mais elaborada e mais confusa. Há a tentativa de eliminar o grossista e a tentativa de eliminar o retalhista. O grossista quer ser também retalhista e o retalhista quer ser grossista. O tempo dirá se alguma delas e/ou as duas estão corretas ou não. Tudo isto requer um grande investimento. Vai ser necessário esperar pelo retorno, se é que haverá. Por outro lado, os clientes são inteligentes e estão atentos a estas movimentações, rapidamente verificam que os seus fornecedores também são os seus concorrentes, e fazem opções.

A tendência internacional no setor das peças é a concentração da atividade. Quais são as tendências futuras no setor grossista (e também retalhista) ao nível das peças em Portugal?

A mentalidade dos empresários portugueses é um pouco diferente, contudo já vemos algumas movimentações, que no futuro poderão acabar em concentração.

Para além da rápida disponibilização das peças, da qualidade das peças, da gama alargada, das plataformas B2B e dos preços competitivos, que outros fatores podem fazer a diferença (atualmente) no negócio das peças?

Sinceramente, penso que já se evoluiu muito no setor, e estamos num nível muito elevado de serviço. Todos os fatores mencionados, já estão num nível muito elevado. Aliás, penso mesmo que alguns até são exagerados, e não acrescentam valor. Mas, a imaginação humana é fértil e vamos continuar a oferecer mais, elevando os custos, e que na maior parte das vezes o cliente não está disposto a pagar ou nem valoriza.

As devoluções de peças são neste momento um dos maiores problemas do grossista de peças? Qual o principal problema que um grossista enfrenta hoje em dia na atividade?

As devoluções são um bom exemplo do que me referia na resposta anterior quando referi que “alguns até são exagerados”. Hoje em dia, com a ideia de oferecer serviço, permite-se tudo. As devoluções de peças novas têm crescido exponencialmente. As reclamações continuam a ser um problema, mas isto é uma questão cultural. Uma grande percentagem das reclamações não é real, não são reclamações.

Quais foram as mais recentes novidades da vossa atividade?

No final de 2017 adquirimos um armazém, contiguo ao que já possuímos, com uma área de armazenagem superior a 2000 m2. Permite-nos continuar a crescer na oferta de produto. Já no decorrer deste ano introduzimos uma nova linha de produto, que são as baterias. Uma vez mais, procuramos uma marca que ainda não existia no nosso mercado e de um fornecedor que oferece garantia de qualidade como é a marca AKUMA fornecida pela FIAMM.

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