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“Existe a necessidade de educar as pessoas para a utilização correcta do óleo recomendado pelo fabricante”

21 Abril, 2016

Fernando Abrantes, Portugal Business Manager da Trusaco, empresa espanhola de lubrificantes, refere que as oficinas têm um enorme trabalho a desenvolver com os clientes no sentido de se utilizarem os lubrificantes indicados para cada tipo de carro e cada tipo de utilização.

Breve análise ao mercado de lubrificantes em Portugal?
O mercado dos lubrificantes em Portugal tem sofrido um decréscimo no consumo desde 2008 e que desde então nunca mais subiu até pelo menos 2014 em que foram vendidas 47.000 toneladas, sendo que no ano 2015 a tendência foi novamente de descida não havendo ainda números oficiais referentes aos mês de Dezembro, para assim se poder dar um número definitivo.
Salienta-se o facto das marcas Low Cost serem as únicas que têm tido saldo positivo no que respeita a subida nas vendas…

Qual a maior dificuldade que o setor dos lubrificantes enfrenta em Portugal?
Na nossa óptica a maior dificuldade é fazer ver às oficinas que têm de perder um pouco do seu tempo a explicar aos proprietários das viaturas que o lubrificante é vital numa viatura, tendo como consequência uma menor longevidade do motor se não for efectuada  uma correcta manutenção e para isso existe a necessidade de educar as pessoas para a utilização correcta do óleo recomendado pelo fabricante.
Já existe um grande número de oficinas que fazem campanhas de preços nas mudanças de óleo para chamar os clientes às oficinas, com preços aliciantes os clientes vão efectuar a mudança com mais frequência.
Na maioria dos casos os proprietários só se deslocam à oficina ao fim de 25.000 ou 30.000 km sem nunca terem verificado o nível do óleo no cárter, o que nas novas viaturas com filtro de partículas e em trajectos urbanos é impossível chegar a esta quilometragem devido à contaminação do óleo e entupimento do FAP.

Que oportunidades existem para a comercialização de lubrificantes nas oficina?
As oficinas têm a oportunidade de trabalhar com um produto de grande rotação e grande consumo, assim sendo deveriam olhar para este produto como sendo o seu ponto de partida para cativar os clientes e sensibilizá-los para a necessidade de efectuar mudanças de óleos com as frequências necessárias e adequadas aos percursos que essas mesmas viaturas efectuam, ou seja, uma viatura que esteja diariamente a efectuar percursos urbanos (pára-arranca), embora faça poucos quilómetros tem um desgaste superior do que outra que faça só estrada ou auto estrada.
Existem algumas viaturas novas que nem chegam a fazer quilómetros suficientes para que o sistema de filtro de partículas efectue a regeneração e daí resulte o entupimento do FAP e contaminação do óleo pelo combustível.
O lubrificante é a “peça” mais barata que um automóvel tem, por essa razão devia ser olhado por outra perspectiva…dar-lhe o valor adequado pois é o “sangue” do motor.

Em que sentido têm ido os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos ao nível dos lubrificantes?
Os lubrificantes têm tido nos últimos tempos um desenvolvimento tecnológico muito grande, pois as marcas de fabricantes de automóveis necessitam de lubrificantes adequados às novas exigências de normas ambientais e de poluição para que as suas viaturas possam estar dentro dos parâmetros de emissões de gases poluentes exigidos pelas leis. Para que uma viatura moderna possa cumprir estes valores tem de utilizar lubrificantes (Low Saps) com baixo teor em cinzas e isso é conseguido à custa de um investimento muito grande nos lubrificantes utilizando aditivos de valor acrescentado e tecnologia de ponta para obter um resultado final de qualidade…
A tendência será os lubrificantes sintéticos (5W20, 5W30, 5W40) tomarem a dianteira das vendas devido ao número cada maior de viaturas com sistemas FAP em circulação.

Mais informações em www.trusaco.es

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