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Helmut Ernst: “Vamos reforçar a TRW”

por Redação
25 Novembro, 2016

A ZF aproveitou a Automechanika para fazer a primeira aparição pública já com a TRW como marca do Grupo. Com um stand imponente, mostrou algumas novidades de cada uma das marcas, mas a reorganização do Grupo foi o tema em destaque. A Revista PÓS-VENDA fez uma entrevista a Helmut Ernst, líder do aftermarket do Grupo, que publicámos na edição de outubro.

Como apresenta o novo Grupo ZF?
O novo Grupo ZF é o grupo que já existia mas agora com a integração da TRW e foi isso que quisemos também mostrar aqui na Automechanika. Hoje somos um grupo coeso com a mais valia de integrarmos uma marca tão importante como a TRW. Temos uma forte ligação ao primeiro equipamento mas temos depois a nossa divisão de aftermarket, que traz esse know-how para o mercado de pós-venda. A ZF Aftermarket conta com 8000 pessoas, tem cerca de 3 mil milhões de euros de turnover e uma posição de segundo fornecedor global de aftermarket. É o início de mais uma etapa de sucesso no grupo.

O facto de serem um grupo cada vez maior traz também alguns riscos…
Sem dúvida que quando somos muito grandes é preciso acautelar que continuamos perto dos nosso clientes e que lhes prestamos o melhor serviço para as suas necessidades. Essa é uma grande preocupação nossa. Mas a dimensão do nosso grupo acaba por ser também uma garantia de futuro e de investimentos seguros e parcerias duradouras para o mercado. Até porque o desafio da digitalização está ai e os nossos clientes vão precisar de parceiros fortes ao lado deles.
O que representa a TRW para a ZF?
Primeiro que tudo tem um portfólio de produtos que nós não tínhamos. É algo novo no Grupo e trata-se de um importante complemento, também para o mercado dos Estados Unidos. A TRW é uma marca muito bem implantada no mercado e isso encaixa na nossa estratégia.

O mercado acaba por ter algum receio acerca do futuro da TRW, uma marca muito reconhecida…
Não há razões para isso. Vamos continuar a investir no desenvolvimento da marca e de novos produtos. Se olharmos para o Grupo ZF temos várias marcas diferentes, a Sachs, Lemforder, Boge e a OpenMatics. Temos um forte know-how na integração de marcas e a TRW será ainda mais forte do que no passado, porque agora há um grupo enorme e uma estrutura para trabalhar em conjunto. Para os clientes vai ser uma mudança importante, porque num único fornecedor vão ter uma oferta global de produtos.

A TRW desenvolveu um programa de fidelização, o Automotive Diamonds, onde não estão as marcas da ZF. Como vão tratar essas questões mais práticas?
Não conheço o programa de fidelização em detalhe, mas vamos analisar e tentar reforçá-lo, bem como aplicar à TRW também o nosso programa de formação ZF Protech, que vai ser alargado aos produtos TRW. Temos muitos produtos e muitos serviços para oferecer aos nossos clientes.

Quando prevê que a integração da TRW esteja concluída?
Estou convencido que nunca estará concluída, basta olhar para a Sachs, Boge e Lemforder para se perceber que é um processo longo e contínuo. Até porque nem sei o que é, de facto, uma integração completa. Vamos integrar serviços e estruturas, mas queremos que a identidade das marcas se mantenha forte.

Em Portugal existe uma estrutura da TRW maior do que a da ZF. Como vão proceder nestes casos?
Não posso falar sobre um caso em particular, mas os meus colegas que trabalham o mercado português e espanhol estão a definir a estratégia que deverá passar por combinar as duas equipas até porque, apesar da proximidade, são mercados diferentes e têm que ser olhados com cautela. Teremos uma equipa em cada país que trabalhará todas as marcas. As estruturas que temos são necessárias para continuar a prestar um bom serviço no aftermarket.

Que gamas vão reforçar no Grupo ZF?
O que vamos fazer é seguir as necessidades dos automóveis e o que se vê é eletrónica, sensores, radares, mas também a reconstrução de componentes. Este tipo de produtos vai crescer nos próximos anos.

Quais são atualmente os desafios para as oficinas?
Primeiro que tudo, a mobilidade cada vez mais elétrica e os diferentes modos de combustão, que vêm aumentar a complexidade das reparações. A grande questão é de know-how e nós temos que dar formação, preparar e guiar os nossos clientes para essas transformações. A vantagem é que estamos muitos anos à frente por fornecermos o primeiro equipamento e termos esse conhecimento dentro de casa. Os dados que o carro produz serão também um desafio e queremos ajudar a assegurar que o mercado é livre e que há uma concorrência saudável entre aftermarket e origem.

Mais informações sobre a empresa neste link.

 

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