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por widgilabs
31 Maio, 2024

Desta vez na zona Norte do país, o “À Conversa com as Oficinas” voltou a juntar responsáveis de várias oficinas, para perceber os desafios que enfrentam na sua atividade.

A 2.ª edição do “À Conversa com as Oficinas” decorreu na Maia, onde a Revista PÓS-VENDA esteve com a Turbo Peças e oito responsáveis oficinais, que deram a conhecer as principais preocupações e motivações do mercado de reparação independente do Norte do país. Foram abordados diversos temas relacionados com a atividade do dia-a-dia, entre eles o acesso à formação e à informação técnica, a economia paralela, a fidelização de clientes, a relação com os fornecedores ou a reparação de veículos com novas motorizações.

DIFICULDADES

A elevada carga fiscal, assim como “o trabalho não registado, a concorrência desleal, que não paga impostos e assim consegue oferecer serviços muito baratos, principalmente na parte da mecânica”, foram as principais complicações indicadas por Luís Ribeiro, da Auto Racing, na sua atividade. “Outro problema é a forma como os clientes olham para o aftermarket e para o nosso trabalho. Ainda há alguma desconfiança em relação às oficinas independentes”. Hélder Monteiro, da TBR, refere a questão ambiental, pela carga fiscal associada: “a preocupação ambiental começou a ser incutida há muitos anos e temos de aplicar tudo aquilo que nos exigem.

É uma carga pesada, mas temos de nos adaptar e ter em atenção toda esta componente ambiental”. Carlos Faria, da Carlindo, refere também a carga fiscal e a falta de meios de alguns clientes para pagarem as reparações. “Na parte da mecânica, nota-se que os clientes atualmente não têm grande capacidade para pagar as reparações mais dispendiosas, porque muitas vezes optam por adquirir veículos de gamas mais altas, cuja manutenção é mais cara”. Susana Maia, da Susana & Maia, segue esta linha de pensamento: “as dificuldades são as mesmas para todos. A falta de dinheiro do consumidor final existe, assustam-se com o orçamento inicial, e aí optam por peças usadas, mas querem o mesmo tempo de garantia.

E isto acontece pela falta de capacidade financeira que hoje existe da parte do cliente”. Inês Leão, da Auto Miguel Leão & Filhos, adianta também: “o cliente muitas vezes compra um carro e não tem noção daquilo que está associado à manutenção. Pede orçamento para todo o tipo de serviços e em vários locais, e depois faz a seleção”.

PALAVRAS-CHAVE