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Inete: formar para o futuro

11 Setembro, 2018

Os cursos do Inete ligados à mecatrónica foram iniciados em 2012, e, desde então, a escola tem tido uma procura crescente nesta área.

TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

O Inete – Instituto de Educação Técnica, foi a primeira escola profissional de Lisboa e a segunda a nível nacional. Fundada há 28 anos, é atualmente uma referência na formação de profissionais qualificados para o setor automóvel, afirma Fernanda Torres, diretora da escola. A instituição orgulha-se da forte componente prática dos seus cursos. “Os alunos procuram o curso pela parte prática, que representa cerca de 50% do plano curricular. Tentamos que os conceitos teóricos sejam apreendidos a partir do trabalho prático, sem descurar os conhecimentos teóricos. Quem sai da nossa escola não é um mero executante, tem de perceber porque é que faz de determinada maneira, para perceber se há outras formas de o fazer e para saber resolver problemas”.

CURSOS

O Instituto disponibiliza três tipos de cursos: profissionais, de aprendizagem e de educação e formação. “Os cursos profissionais estão mais virados para a vertente profissional e limitados aos jovens até aos 19 anos, enquanto os de aprendizagem, até aos 25 anos, estão mais direcionados para a vertente escolar. Temos vindo a ser muito procurados por alunos que chegam diretamente do 9º ano. O ensino profissional deixou de ser uma saída de recurso e está a tornar-se uma primeira escolha”.

ESTÁGIOS

Todos os cursos do INETE incluem estágio. “A parte prática é muito importante. Sempre optámos por fazer estágios nas empresas, no final do plano curricular, excepto no caso dos cursos de aprendizagem, em que o estágio acontece no final de cada período de formação”. Os alunos de mecatrónica automóvel, dos cursos profissionais e de aprendizagem, realizam também estágios intercalares, durante as férias escolares. “Fazem 40 horas de estágio no 10º ano e 80 no 11º ano, e depois o estágio final”. A escola tem parcerias com várias empresas, onde decorrem os estágios, mas o aluno tem sempre a possibilidade de sugerir outro local onde tenha interesse em estagiar. “Se essa empresa tiver capacidade para dar resposta às exigências do estágio, fazemos a proposta. Todos os anos, integramos empresas novas. Neste momento, somos muito procurados e não conseguimos dar resposta a todos os pedidos de estágio”. Fernanda Torres diz ainda que, na maioria dos casos, os alunos são convidados a ficar nas empresas depois do estágio. “Trabalhamos muito a parte humana, que é tão importante como a técnica. Preparamos os alunos em termos de atitude, solidariedade, tolerância, pontualidade e humildade, o que se reflete depois no contexto profissional. Temos uma taxa de empregabilidade superior a 93%”. Depois da conclusão do curso, o INETE faz o seguimento de todos os seus diplomados, para perceber o seu grau de satisfação e obter feedback por parte dos empregadores.

EQUIPAMENTO

A escola tenta acompanhar a evolução da tecnologia e acredita na formação base dos alunos como garantia do seu sucesso futuro. “Temos os equipamentos necessários para os alunos fazerem os trabalhos práticos e depois complementamos com as empresas. Se tiverem uma boa formação base, é fácil adaptarem-se às inovações”. Neste sentido, para além dos estágios, o INETE promove a formação nas empresas. “Temos dois módulos de diagnóstico automóvel, eletrónico e mecânico. Como não temos equipamentos que satisfaçam estas necessidades, os alunos passam algumas manhãs nas empresas, onde fazem um trabalho prático de diagnóstico. E isto serve também como uma primeira abordagem ao estágio”.

FORMADORES

Para além dos formadores da escola, o INETE recebe também alguns profissionais do ramo automóvel, que lecionam alguns módulos dentro da sua especialidade. A escola tem também alguns acordos com empresas, para dar formação aos seus quadros. “Assim, conseguimos absorver as novidades do mercado. Temos de estar sempre atentos às inovações, para manter a qualidade da formação. Não podemos estar a formar para o passado, temos de formar para o presente e para o futuro”, explica.

FUTURO

A curto prazo, Fernanda Torres revela que o INETE tem alguns projetos com outras escolas para se adaptar às novas exigências do mercado automóvel, nomeadamente no que se refere aos veículos elétricos e híbridos. A escola pretende também reforçar os conhecimentos de eletrónica para os alunos de mecatrónica automóvel. “Há falta de técnicos de mecatrónica. As empresas pedem-nos estagiários, porque estes alunos têm uma formação muito especializada na área da eletrónica, algo que se está a tornar essencial na área da mecatrónica”.

Formação para empresas

O INETE permite que seja feita formação a empresas, mediante interesse das mesmas. “Através do financiamento pelas empresas, estamos sempre disponíveis para fazer este tipo de ações. Neste momento estamos a trabalhar no plano de formação para empresas”.

Cursos

Todos os cursos dão equivalência ao secundário – Nível 4.

Cursos Profissionais

Certificação: Diploma do Ensino Secundário e Qualificação Profissional de Nível 4.
>> Técnico de Manutenção Industrial – Mecatrónica Automóvel
>> Técnico de Mecatrónica

Cursos de Aprendizagem

Certificação: Diploma do Ensino Secundário e Qualificação Profissional de Nível 4.
>> Técnico/a de Mecatrónica Automóvel

Cursos de Educação e Formação (CEF)

Certificação: 9º ano de escolaridade e Nível 4 de qualificação do Quadro Nacional de Qualificações.
>> Mecânico de Serviços Rápidos

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