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Os componentes Bosch do aftermarket do futuro

7 Junho, 2017

A Bosch está atualmente a desenvolver uma série de componentes, sobretudo para o desenvolvimento da condução autónoma, mas que serão no futuro (ou até já no presente) algumas das “peças” e componentes que poderão existir no aftermarket.

A condução autónoma tem impacto em todo o carro: motorização, travões, direção, instrumentos de display, navegação e sensores, assim como na conectividade dentro e fora do veículo. A chave para o sucesso está no conhecimento profundo de todos os sistemas do veículo. Poucos fornecedores de tecnologia automóvel globais têm tanto conhecimento nesta área como a Bosch, em parte porque a empresa fabrica a maioria dos componentes necessários para a condução autónoma listados abaixo. Veja quais:

Horizonte Conectado

Os veículos autónomos dependem da informação do ambiente que os rodeia, que vão além daquela que os sensores conseguem reunir. Por exemplo, são necessários dados de tráfego, congestionamentos e acidentes em tempo real. E isto só pode ser conseguido ao conectar o veículo a um servidor, algo que a Bosch possibilitou ao desenvolver o Horizonte Conectado. Este sistema permite uma pré-visualização dinâmica da rota futura e os ajustes correspondentes à estratégia de condução. O Horizonte Conectado é o que permite aos veículos autónomos anteciparem o que vem mais à frente, o que é benéfico para o conforto e a segurança da experiência de condução. Por exemplo, os veículos conectados são avisados com antecedência acerca dos pontos de perigo antes de uma curva sem visibilidade ou de um obstáculo e podem preparar-se ao desacelerar.

Direção elétrica

O sistema de falha segura e a direção elétrica assistida é uma tecnologia chave para condução autónoma. A capacidade de falha operacional permite aos condutores e aos carros autónomos continuarem a usar as funções essenciais de direção enquanto mantêm cerca de 50% de suporte de direção elétrica no caso raro de um mau funcionamento. Esta tecnologia vai permitir que os fabricantes automóveis cumpram os requisitos de segurança como os propostos nos documentos da Política Federal de Veículos Autónomos do Departamento de Transporte e da Associação Nacional de Segurança do Tráfego das Autoestradas dos EUA, por exemplo.

ESP

O programa eletrónico de estabilidade também desempenha um papel fundamental quando se trata da condução autónoma. Delegar a responsabilidade de condução ao veículo coloca exigências em sistemas críticos de segurança como os travões. Por isso, para manter o controlo máximo sobre esses sistemas em caso de falha, a redundância deve ser incorporada no sistema como uma salvaguarda. Neste caso, o sistema de controlo de travagem ESP e o sistema eletromecânico impulsionador de travagem iBooster (ver abaixo) podem travar o veículo de forma independente sem que o condutor tenha de intervir. A Bosch fornece o ESP como um conceito modular que oferece o sistema certo para todas as circunstâncias e exigências.

HMI

A condução autónoma irá mudar a interface homem-máquina e exige conceitos modernos para a comunicação entre o carro e o condutor para que o segundo entenda intuitivamente o sistema. Com displays de instrumentos inovadores, a Bosch oferece soluções promissoras nesta área: o sistema de instrumentação TFT, por exemplo, oferece a máxima flexibilidade em processamento combinado com uma excelente visibilidade em qualquer condição meteorológica. Ao usar head-up displays, a Bosch coloca informações como velocidade, instruções de navegação e avisos diretamente no campo de visão do condutor. Esta informação sobrepõe-se ao ambiente em torno do veículo de tal forma que os dois parecem misturar-se perfeitamente cerca de dois metros à frente do veículo.

iBooster

O sistema de travagem eletromecânico independente iBooster da Bosch  vai ao encontro dos requisitos dos modernos sistemas de travagem. Este sistema pode ser usado em todos os conceitos de motorização e é especialmente adequado para veículos híbridos e elétricos. No iBooster, a atuação do pedal do travão é registada pelo sensor de curso do pedal incorporado e transmitido à unidade de controlo. A unidade de controlo calcula o sinal de ativação para o motor elétrico, que utiliza uma transmissão dividida em dois estágios para converter o seu binário na assistência de potência necessária. Num cilindro padrão, a energia fornecida pelo impulsionador é transformada em pressão hidráulica.

Mapas

Sem mapas de alta resolução atualizados não pode existir condução autónoma. Os mapas fornecem aos veículos informações sobre situações de trânsito como engarrafamentos ou construções que ficam fora das áreas que os sensores de bordo podem monitorizar. Os sensores de radar e de vídeo da Bosch captam e transmitem dados de tráfego importantes em tempo real para a criação de mapas de alta resolução para a condução autónoma.

Sensor Lidar

Além de radar, vídeo e sensores ultrassónicos, a Bosch também usa sensores Lidar nos seus veículos autónomos de teste. Os princípios dos sensores complementam-se e combinam dados para assegurar o reconhecimento de um ambiente de confiança. Os veículos autónomos usam esses dados para criar uma estratégia de condução. A Bosch considera que os sensores Lidar são uma aquisição importante no seu portefólio.

Sensores de Radar:

Os sensores de radar fornecem aos veículos autónomos informações importantes 360 graus sobre o ambiente que os rodeia e a uma distância de até 250 metros. A principal tarefa do sensor de radar é detetar objetos e medir a sua velocidade e posição em relação ao movimento do veículo. Além disso, os sensores de radar da Bosch enviam ondas de radar de frequência modulada que medem entre 76 e 77 GHz através de uma antena transmissora. Estas ondas são refletidas por objetos na frente do veículo. A velocidade e a distância relativa dos objetos são medidas usando o efeito Doppler e o atraso gerado pelas mudanças de frequência entre o sinal emitido e o recebido. Comparando a amplitude e a fase dos sinais de radar medidos, é possível retirar conclusões sobre a posição do objeto.

Sensores ultrassónicos

Os sensores ultrassónicos são necessários na condução autónoma principalmente para o reconhecimento do ambiente próximo do veículo (até 6 metros) e a baixa velocidade, como durante o estacionamento. Os sensores empregam a técnica de sonar que os morcegos, por exemplo, também usam na navegação. Estes sensores emitem sinais de ultrassom curtos que são refletidos por obstáculos. Os ecos são registados pelos sensores e analisados por uma central de comando.

Sensor de vídeo

Com uma faixa de medição 3D de mais de 50 metros, a câmara de vídeo estéreo da Bosch fornece informações óticas importantes sobre o ambiente em redor do veículo. Cada um dos dois sensores de imagem altamente sensíveis, equipados com reconhecimento de cores e tecnologia complementar de semicondutores de óxido metálico (CMOS), tem uma resolução de 1280 por 960 megapixels e é capaz de processar contrastes extremos. A distância entre os eixos óticos das duas lentes é de apenas 12 centímetros. A câmara de vídeo estéreo capta objetos no espaço e calcula a sua distância, além de identificar espaços desocupados. A informação do sensor é combinada com os dados de outros sensores para gerar um modelo do ambiente em redor dos veículos autónomos.

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