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RealPeritos Auto: Pela imparcialidade

4 Dezembro, 2018

Especialista em peritagens e averiguações, a RealPeritos Auto utiliza as mais recentes tecnologias e aposta na formação contínua dos seus peritos para garantir a qualidade e evitar situações de fraude nos sinistros auto.

TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO

A RealPeritos Auto, empresa de peritagem e averiguação automóvel, realiza serviços exclusivamente para as seguradoras, conforme explica Xavier Neto, Diretor Geral do Exis Group. “Há alguns anos, as seguradoras tinham peritos próprios, mas esse paradigma foi alterado e surgiram as empresas de peritagem e avaliação. Hoje em dia todas as seguradoras trabalham em outsourcing com empresas de peritagem. Trabalhamos para várias seguradoras, em algumas somos parceiros exclusivos, enquanto outras trabalham com vários parceiros”. A empresa disponibiliza o serviço de peritos avaliadores, que analisam os danos materiais dos veículos, e peritos averiguadores, que definem responsabilidades, mantendo distintas as funções de cada tipo de perito. “As funções estão bem distinguidas na nossa empresa. Um perito averiguador não faz avaliação. Entendemos que quem é bom a averiguar não será tão bom a avaliar os danos de um veículo e vice-versa. E cada um faz apenas a sua função, havendo intercâmbio e comunicação entre os dois”.

No que se refere à avaliação dos danos nos veículos, a RealPeritos Auto trabalha com as três principais ferramentas de orçamentação que existem atualmente no mercado: a Audatex, a GT Motive e a Eurotax.

Fraude

A RealPeritos investe de forma constante em mecanismos contra a fraude. “Ainda há uma grande taxa de fraude. Fazemos investimentos e apostamos muito na área do combate à fraude. As situações mais comuns são as que em que não existia seguro e em que o delator faz o seguro depois do acidente, assim como simulações de acidente, para além das 35redes organizadas. Temos mecanismos para detetar estes casos: seja pela compatibilidade de danos, vestígios, bem como medições efectuadas facilmente se constata se estamos perante fraude ou não. Temos depois também a parte da investigação no terreno e as bases de dados”. Xavier Neto indica também a boa relação e partilha de informação que existe entre os averiguadores e a relação destes profissionais com as seguradoras, como facilitadora de deteção deste tipo de situações. “Há muita partilha de informação entre seguradoras e averiguadores, o que nos ajuda bastante, porque há reincidentes de seguradora para seguradora”.

Xavier Neto indica que ainda existe algum receio, por parte do cliente final, em relação aos peritos. “Ainda há alguma desconfiança, mas os peritos são, cada vez mais, profissionais com formação específica e contínua que fazem o seu trabalho com conhecimento técnico. A Câmara Nacional de Peritos Reguladores, entidade que regula o setor, organiza várias ações de formação e na RealPeritos temos protocolos com universidades onde os nossos peritos realizam ações de formação. E as marcas também fomentam a formação, principalmente pela atual questão dos carros elétricos e novas tecnologias”. O facto de os peritos serem independentes da seguradora tem sido outro dos fatores que reduz esta desconfiança. “Por sermos uma empresa independente, somos imparciais, avaliamos e atribuímos responsabilidades, seja favorável ou não à seguradora”.

Auditoria

Para garantir a qualidade e imparcialidade do serviço que presta, a RealPeritos aposta na supervisão dos seus quadros. “Temos equipas de coordenadores e supervisores, que verificam os relatórios dos peritos antes deste seguirem para a seguradora. E os coordenadores vão estando, de forma aleatória, presente em alguns serviços de peritagem. Isto tem a vertente de fiscalização e a vertente didática, na ótica da formação contínua no terreno para os nossos peritos”.

Tecnologia

As novas tecnologias têm sido importantes na deteção de fraudes, assim como na agilização dos processos, indica Xavier Neto. “Temos de aproveitar o que a tecnologia nos oferece. Hoje em dia, com a vídeo peritagem, os carros autónomos e a videovigilância, temos novas ferramentas à disposição. Temos feito investimentos para sermos pioneiros em algumas soluções tecnológicas e temos um projeto em mente para que seja o próprio segurado a fazer a peritagem de pequenos danos, sendo depois encaminhado para a oficina. Estamos, neste momento, a testar com a rede de mediação. Isto vai agilizar os processos e anular custos de deslocação. E é mais confortável para o cliente”.

RealPeritosQuestionado sobre a diminuição da necessidade de peritos na profissão, devido às novas tecnologias, Xavier Neto é da opinião que irá sempre existir a necessidade da peritagem tradicional, para os sinistros complexos ou de valor elevado.

“A peritagem tradicional irá reduzir drasticamente, mas não irá acabar, teremos sempre acidentes graves, situações duvidosas, tentativas de fraude, e as auditorias terão sempre de ser feitas. A vídeo peritagem o trabalho do perito no terreno, mas terá de estar um perito no backoffice. Hoje em dia já temos peritos de backoffice, que analisam o vídeo ou a fotografia e orçamentam o dano, e verificam também se existe alguma situação de dúvida, de danos mais avultados e, nesse caso, passa para uma peritagem tradicional. Mas mesmo com a tecnologia, irá sempre haver falhas, irá sempre ser necessário um perito”. E adianta que as novas tecnologias irão trazer novas formas de fraude. “O processo terá sempre lacunas, e, ao criar estes processos, tentamos sempre ir colmatando as falhas. E, tal como na peritagem tradicional, é feita uma auditoria aleatória”.

Formação

A empresa procura conciliar os conhecimentos dos profissionais que estão na profissão há mais tempo e que possuem mais experiência, com as novas gerações. Por não existir uma formação base obrigatória para exercer a profissão, a RealPeritos privilegia profissionais oriundos da área da engenharia mecânica, da orçamentação em oficinas ou outros profissionais ligados ao pós-venda automóvel, privilegiando também formandos do CEPRA e Cesvimap. “Os peritos que trabalham connosco têm de estar inscritos na Câmara Nacional de Peritos. E, dependendo da experiência, há um determinado tempo de formação interna, dada pelos nossos quadros, e só depois vão para o terreno”.

Futuro da profissão

“Penso que esta atividade deveria ser regulamentada, tendo em conta a responsabilidade que acarreta. A Câmara Nacional de Peritos tem feito esforços nesse sentido e as coisas estão bem encaminhadas no sentido de a atividade vir a ser regulamentada num futuro próximo”.

Necessidades de formação

“A atividade de perito tem o lado técnico, mas tem de ter também uma componente psicológica, porque estamos a falar de relações entre pessoas. Por vezes falta esta componente, que engloba a forma de abordar os intervenientes, na parte da averiguação. É importante conjugar à parte técnica com a parte humana. Nas formações internas que damos, focamos muito o relacionamento humano”.

Real Peritos Auto
Xavier Neto
Lisboa
211 450 348
xneto@exisgroup.pt
www.realperitosauto.com

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