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Resultado recorde para a Liqui Moly em 2015

por Redação
10 Março, 2016

A Liqui Moly, especialista alemão em óleo para motores e aditivos cresceu, apesar do negócio pouco favorável na Rússia. O forte investimento vai continuar durante os próximos anos.

Prost_109A Liqui Moly aumentou o seu volume de negócios no ano passado para um novo valor recorde: 441 milhões de euros, um crescimento de 20 milhões de euros relativamente ao ano anterior. Este crescimento foi alcançado apesar das condições problemáticas em mercados-chave. “Ainda mais importante do que o aumento do volume de negócios é o aumento do número de colaboradores”, afirmou Ernst Prost, sócio-gerente da Liqui Moly.

O número de colaboradores subiu para 731 no ano passado, com a admissão de 35 novos trabalhadores. E, nos primeiros dois meses deste ano, já foram contratados mais 16 colaboradores.

O facto de o volume de negócios “apenas” ter aumentado 5% deve-se, sobretudo, a dois motivos: Por um lado, a empresa aposta cada vez mais no crescimento qualitativo. “Um volume de negócios com o qual não se ganha nada não é um bom volume de negócios”, declarou Ernst Prost. Por outro lado, com a Rússia, registou-se um forte declínio no mercado externo mais importante da Liqui Moly. O rublo fraco contribuiu para o aumento do preço dos produtos da zona euro em mais de 50% desde a primavera. Além disso, a crise económica na Rússia fez travar a procura. A isso, acrescem as perturbações contínuas num mercado de escoamento anteriormente forte como é o caso da Ucrânia. Este declínio pôde, contudo, ser compensado por outros países. O desenvolvimento do negócio na Alemanha e na Áustria atingiu níveis muito elevados. Apesar da já forte posição no mercado, o volume de negócios cresceu aí cerca de 7%.

Deste modo, a Liqui Moly quase que duplicou o seu volume de negócios total desde 2009. “Esta é uma taxa de crescimento semelhante à de uma start-up”, afirmou Ernst Prost. “E, de certo modo, também somos uma start-up no nosso setor, pois somos mais rápidos e mais flexíveis e estamos mais próximos do cliente do que os nossos grandes concorrentes.” Parte do sucesso deve-se também à premissa de se produzir exclusivamente na Alemanha. Contudo, o crescimento não é um fim em si. Como explica Ernst Prost: “O que importa não são tanto os números. É muito mais importante que a empresa cresça de forma saudável e possa dar trabalho a ainda mais pessoas.”

A expressão da solidez financeira da Liqui Moly é a quota de capital próprio superior a 70%. Isso torna a empresa independente de bancos e possibilita investimentos elevados. Por isso, o programa de modernização e de expansão para a fábrica de óleos em Saarlouis entra, este ano, na reta final. Por 13 milhões de euros, serão, portanto, concluídos tanques de armazenamento adicionais, laboratórios novos e linhas de produção modernizadas. Em 2017, seguir-se-á ainda a renovação de outros parques de tanques, assim como investimentos no abastecimento energético num montante superior a cinco milhões de euros. “Deste modo, estamos no bom caminho para nos tornarmos uma marca de renome mundial”, referiu Ernst Prost.

O facto de os preços do petróleo bruto estarem num mínimo histórico quase não tem qualquer impacto no preço final dos óleos para motores. A Liqui Moly não processa qualquer petróleo bruto a partir de poços, mas apenas a partir da etapa de produção seguinte: os chamados óleos de base de refinarias. O preço destes, por sua vez, depende amplamente das capacidades das refinarias e da procura. Por conseguinte, o preço dos óleos de base totalmente sintéticos não desceu. Pelo contrário, subiu a dois dígitos. Além disso, o óleo para motores moderno é constituído, até um terço, por pacotes de aditivos e os custos dos mesmos sobem continuamente – independentemente do preço do petróleo. Por último, o dólar forte faz ainda subir os preços das matérias-primas. Tudo isto combinado leva a que o preço dos óleos para motores tenha mais probabilidade de permanecer estável do que de vir a cair.

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